loucos são os que se dizem sãos!

loucos são os que se dizem sãos!

terça-feira, 17 de abril de 2012

Perda iminente.

Bolas coloridas cheias de ar, levastes minha felicidade contigo, estava eu a brincar e saltar no parque quando os ventos fortes sopraram e lhes levaram de mim.. as quero de volta mãe! podes trazê-las pra mim? 

Não filho não posso, mas posso te dar outra parecida!

Não quero mãe! quero as mesmas que estava segurando a segundos...

Não te entristeças filho, mas aprenda que na vida perdas serão iminentes, mas aprender com elas, e ver o lado bom das mesmas te torna mais forte e superior a tuas feridas..

Mais mãe? e como ficarei eu, sem estas bolas que me davam tanta alegria?

Arranja pra ti um novo brinquedo filho, um que te faça feliz como as bolas jamais poderiam, mas desta vez mede pra que não te seja tirado...

Obrigado mãe!

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Tolido...

inspiração eu não tenho,  
 mas saboreio as palavras como se o recheio de um biscoito que comia quando criança, vejo a vida passar e sonho com a felicidade eterna,  
 o momento já não me fascina, a criança dentro de mim precisa de espaço..ja não quero pensar, quero sambar um bolero, dançar tango sozinho, viver um grande ballet sem técnica, quero ser criança enquanto me for possível, e que a idade não me atrapalhe, se meu corpo cansar eu sonho... e se não puder sonhar eu morro.. porque mais vale morrer a viver onde a felicidade de ser eu mesmo é tolida... 


kinhoSoares

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Alguém em algum lugar.

me tranco no banheiro, meu corpo arrepiado pelo frio matinal, sento no vaso penso: "merda de vida que me enraba todo dia!"
não vejo solução pros meus problemas, hoje mais um dia que saio de casa pra trabalhar meu corpo cansado dessa vida.. tomo um banho, coloco um short jeans bem curto uma blusa regata de seda falsa.
ouço um barulho na porta
"vai derrubar a porta filho da puta?" digo abrindo a porta.
"já é tarde veadinho, traz o meu dinheiro ou hoje mesmo te corto a garganta!"
Cafetão maldito, não faz ideio do que eu passo pra ele ficar com quase toda a grana, hoje eu fujo dessa merda e vou viver por mim mesmo...
primeiro cliente, alto, tão gordo quanto seu bolso, feio me pôs de quatro sem pedir licença saiu me arrombando, nem tirou minha roupa, só arriou o short, mas graças a Deus esse foi rápido. menos de dez minutos estava ele jogado na cama como um porco sem alma, desgraçado pela vida, mal amado pela mãe e pela esposa e fazendo aquilo pra aliviar as tensões de suas frustrações.
segundo cliente, moreno, forte, bem peludo, até me interessei por sua beleza, seu sorriso era estonteante, me permiti ser beijado, coisa que em três anos de trabalho nunca tinha feito, ganhei um beijo com leves mordidas no canto da boca, e um sorriso de canto, ele tirou minha roupa de vagar depois a dele, me pediu que o explorasse, conheci cada canto de seu corpo com a minha boca, ele mostrando-se feliz e disposto pediu que eu entrasse em seu corpo, e atingisse sua alma, não consegui alcançar esse negocio de alma mas fiz, até porque é muito  mais fácil ser o ativo no meu serviço...ele começou a recitar poemas de amor enquanto eu vorazmente invadia sua carne, pensei que o cara era louco, mas comecei a prestar atenção nas palavras que falavam de amor e felicidade, de um ápice maluco de felicidade a ponto de só pensar nisso como objetivo, me perdi nos meus pensamentos, revi minha vida em um segundo, me virei com os olhos cheios de lagrimas, percebendo que jamais teria a sensação de ser feliz de fato decidi acabar com o tormento de ser quem sou e não quem escolhi....
aos 23 anos de idade, na cidade do Rio de janeiro, me atirei do vão central da ponte rio Niterói não por não ser capaz de ser feliz, mas por não ser capaz de amar a ponto de estar feliz!

Desespero mudo

       As vezes te vejo preso no seu mundo, indiferente, incoerente, devaneando, longe de mim, me dá medo...medo de perder, medo de não ter, medo de não fazer parte dos seus pensamentos de não ser a causa da tua felicidade..       Seus momentos autistas me assustam, a impalpabilidade deles me torna inerte, um ser sem ação, sim me torno repetitivo, indecente, confidente de mim mesmo, pois sem ti quem sou eu? que sou eu? pra que sirvo eu?      Deveria existir um eu sem você? acredito que não, pois te tornastes minha manilha, minha catraca, preciso de ti pra ver o tempo passar, pra sonhar, pra viver, pra atuar, pra crescer, pra ser e simplesmente ser, preciso ter...      Não quero simplesmente ter o que me vem a mão, quero ter apenas o seu sorriso pra chamar de meu e poder sonhar seguro de que sempre o terei, quero ser simplesmente sua razão de viver, como és a minha.      Talvez não alcances ou não compreendas o tamanho do que sinto ou do que tenho, não sou possessivo embora pareça, mas não quero nunca ter a sensação triste de ter-te escapando como areia de minhas mãos, pois sofrer é uma opção que prefiro ignorar.