Na surdina dessa noite, me vejo nesse jardim bem florido, arvores robustas me cercam ocultando de mim a lua...não ouço gritos, passos ou ruídos.. Meu passo lento e descontente espalha folhas num chão de terra macia e negra. Me perco loucamente em meus pensamentos, mas de fato o que quero pensar? O que quero discutir comigo hoje? o que quero questionar nesse mundo insano onde o que deveria ter sentido não é o correto e o que parece correto tem insanidade em demasia, sociedade mundana e profana que “mundaniza” as coisas em seu favor... mundo limpa a cera de teus ouvidos, tira a teia que lhe cobre a boca e fala, mostra pra mim que quero ouvir o que tens a dizer... nem o farfalhar de galhos ouço mais, seus sons sua musica onde foi parar?
Mundo que um dia dançou.. mundo que um dia cantou, onde jaz?
o que o monstro humano fizera contigo?
Calara-te a boca com seus argumentos vis.. e sem medo de machucar sua cerviz se fez mais forte te enfraquecendo e tirando a voz...
mundo..indago sobre atos e conseqüências, coisas imprevisíveis porem visíveis!
Me recolho, volto a minha mente, deixo minha floresta imaginaria, piso na realidade dura e cruel de ser quem nasci e não quem escolhi!
